
Resenha: Dewey - Um gato entre livros
Tenho 11 gatos me enchendo de amor todos os dias aqui em casa e nem preciso dizer que chorei litros com "Dewey - Um gato entre livros". É simplesmente a história mais emocionante que possa envolver gatos e livros do mundo!
Sinopse: A rotina da pacata cidade de Spencer, Yowa, Estados Unidos, se transforma após Dewey, um gato, ser encontrado na Biblioteca Pública. A diretora da Biblioteca, que achou o gatinho na caixa de devolução, resolve contar a história e lança o livro, 'Dewey, um gato entre livros'. O livro escrito por Vicki Myron, com colaboração de Bret Witte, é a história real de um gato que fez da biblioteca - e da cidade de Spencer- sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos.
A história de Dewey começa do pior modo possível. Com poucas semanas de vida, durante a noite mais fria do ano, ele foi abandonado na caixa de devolução de livros da Biblioteca Pública de Spencer. Só foi encontrado na manhã seguinte pela diretora do local, Vicki Myron, uma mãe solteira que sobreviveu à perda da fazenda de sua família, a um câncer de mama e a um marido alcoólatra. Dewey conquistou o coração dela e o carinho de toda a equipe, caminhando lentamente com suas patas machucadas pelo frio para se esfregar em cada um deles, em um gesto de agradecimento e amor. Ninguém poderia imaginar o impacto que Dewey causaria, não só em Vicki e no cotidiano da biblioteca, mas em toda a cidade. Nos dezenove anos seguintes, ele comoveu os moradores de Spencer com seu entusiasmo, calor e, acima de tudo, seu sexto sentido para identificar quem mais precisava dele.
Onde encontrar o livro: https://www.saraiva.com.br (e-book)
https://www.amazon.com
https://www.submarino.com
Resenha: Dewey Readmore Books encantou aos poucos toda a pequena cidade de Spencer. Esta modesta biografia de Vicki Myron, sua cidade e o gato, que apareceu na caixa de devolução de livros da Biblioteca Pública me encantou desde o início.
Um simples gato foi ganhando o coração de cada habitante até se tornar um símbolo de superação, coragem e resiliência. Mesmo quando a cidade teve de passar por seus maus bocados como a Grande Depressão, que afetou os trabalhadores, ou as dificuldades econômicas enfrentadas em geral pela população, Dewey e sua força ergueram os cidadãos. Ter sobrevivido a uma noite fria e triste, numa caixa escura e assustadora para um animalzinho como ele deu a todos uma razão para pensar mais nas qualidades, agradecer mais e enfrentar os problemas de cabeça erguida.
A narração de Vicki é totalmente real, nos trazendo os mesmos sentimentos que outrora ela mesma sentiu.
Dewey fazia com que todos se sentissem especiais
[CURIOSIDADE PARA VOCÊ SE INTERESSAR MAIS AINDA PELO LIVRO!]
Para entendermos o real motivo do nome de Dewey, basta lermos este trecho de um capítulo:
" [...] a lerem um livro e darem uma espiada na TV que existe dentro de sua cabeça. Tenho certeza de que foi daí que veio esse nome. Dewey Readmore. Perto, mas ainda faltava algo. Sugeri o sobrenome Books (livros).
Dewey Readmore Books ( Dewey Leiamais Livros). Um nome para as bibliotecárias, que vivem pelo Sistema Decimal de Dewey. Para as crianças. Para todo mundo.
Será que 'nós lemos mais livros'? ( em inglês: 'do we read more books', semelhante ao som de seu nome). Um desafio. Um nome com o propósito de nos dar a vontade de aprender. A cidade inteira seria bem versada e informada num instante.
Dewey Readmore Books. Três nomes para nosso gato magnífico, confiante, lindo. Tenho certeza de que o teríamos chamado de 'sir Dewey Readmore Books' se tivéssemos pensado nisso, mas não éramos apenas bibliotecárias, éramos de Iowa. Não nos baseávamos em pompa e circunstância. Nem Dewey. Ele sempre atendia pelo primeiro nome ou, às vezes, apenas por Dew."
E aí? Bacana?
Dewey viveu dezenove longos anos de felicidade e amor com Vicki e todos os outros. Subia em estantes e deitava no colo das pessoas que nem sequer conhecia - mas onde sentia a necessidade de ir para confortar com sua presença.
Era o gato de Spencer, mas o resto do mundo também passou a amá-lo. Estava em rádios, revistas, manchetes de jornais e documentários. Dewey mostrava a todos que gatos também sabem ser companheiros e solidários. Mesmo quando já estava em seus últimos anos, velho e cansado, sabia reconhecer alguém que precisasse dele em seu colo.
Vivemos em uma cultura de jogar fora, de esconder as pessoas velhas e tentar não olhar para elas. Elas têm rugas. Têm manchas de idade. Não caminham bem e as mãos tremem. Os olhos são lacrimosos ou babam quando comem ou "arrotam nas calças" demais (era uma expressão de Jodi quando ela tinha dois anos). Não queremos ver isso. Até idosos realizados, até às pessoas que se doaram a vida inteira, queremos que elas fiquem fora das vistas e das mentes. Entretanto, talvez as pessoas mais velhas, e os gatos mais velhos, tenham algo a nos ensinar, se não a respeito do mundo, pelo menos sobre nós mesmos.
Uma leitura comovente e fofa; criamos um afeto enorme por Vicki e seu gato de biblioteca. A história é real, é pura e é apaixonante. Super indicado!
Pieme Ariel.